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Os 10 anos da Legado Arte
Ligada num futuro blue
AZUL: tem origem no árabe e no persa lázúrd, por lazaward (azul).
Para Lüscher, a cor azul é considerada como infinito da eternidade.
Sensações cromáticas do azul: tranquilidade, feminilidade, espaço/movimento infinito.
“o movimento só é possível entre as substâncias sensíveis, isto é, entre aquelas que são compostas de matéria e forma, pois apenas a matéria comporta potencialidade, que é princípio de movimento. A causa material e formal do movimento são intrínsecas a ele, a saber, são justamente a matéria e a forma da substância que se move. A causa eficiente que o produz é sempre um ente em ato, pois nada pode ser levado a ato senão por um ente que já esteja em ato, o que equivale a dizer que nada pode ser causa do seu próprio movimento, ou, ainda, que nada pode mover-se a si mesmo. A causa final é a tendência natural que todos os corpos têm de alcançar a sua perfeição própria, ou seja, de passar de “ser-em-potência” para “ser-em-ato”, de capacidade de “vir-a-ser” para ser de fato.” (Aristóteles)
Scalante – fotografia em pigmento natural sobre papel fotográfico, edição 1/1, 2012 – assinada e datada no verso – acervo L-A
pulseira em acrílico dos anos 1970 – acervo pessoal
jeans Zara – acervo pessoal
rasteira Empório Naka – acervo pessoal
vaso de cerâmica alemã desenhado por Dieter Peter para Carstens nos anos 1960 – acervo L-A
Maxi bag em couro de ovelha Fabrizio Rollo – acervo pessoal
Beth Santos
Em busca da Luz
Olhar cinematográfico, sensibilidade à flor da pele, espírito irrequieto, assim é Scalante.
Cresceu vivendo o trabalho na produtora de seu pai, aprendeu os desejos da luz, cresceu, formou-se em cinema na FAAP nos anos 1980 e tornou-se premiado diretor de fotografia.
Suas fotografias conheci através das muitas viagens que fizemos juntos, eu, ele e meu marido, e sempre me surpreendi com as imagens que muitas vezes passaram despercebidas por mim, como se fossem de lugares nos quais nunca tinha estado.
Passei anos insistindo para fazermos uma mostra de seu trabalho, mas sempre a resposta era a mesma: “Vou ver, tenho muito material, preciso escolher, vamos falando…” e nada. Mas após tanta insistência, ele cedeu.
Arregacei as mangas e entre centenas de imagens escolhi uma série onde o tema central é a propria luz, razão de ser da fotografia, e nas quais cores, sombras, ângulos e perspectivas retratam um pouco da imensa capacidade deste talento.
“Em busca da Luz” (2012) consiste em uma série de oito fotografias, únicas, sem tiragens, que celebram o instante luminoso visual do artista que transpõe para a impressão a sua visão cinematográfica.
E hoje, quando a Legado Arte completa 9 anos de atividade, o resultado deste trabalho é para mim um presente de aniversário.
Beth Santos